Em meio à avalanche de tecnologias, algoritmos e inteligência artificial, a Apple roubou a cena no Cannes Lions 2025 com uma mensagem clara, provocativa e necessária: “Não esqueçam que humanos é que mandam.” A gigante da tecnologia, conhecida por seu domínio em inovação e design, utilizou o maior palco da publicidade mundial para reforçar o valor da criatividade humana em um cenário cada vez mais automatizado. A fala de encerramento foi incisiva: “Criamos ferramentas poderosas, mas elas devem servir à sensibilidade e à visão de quem pensa, sente e cria.” A ação da Apple reverberou intensamente no evento, não apenas como uma defesa do talento criativo, mas como um manifesto contra a padronização algorítmica que ameaça transformar campanhas publicitárias em produtos genéricos e previsíveis.
Nesta edição, mais do que premiar grandes ideias, o festival se tornou um fórum para redefinir os rumos da criatividade diante da crescente influência da IA. A Apple, ao se posicionar com firmeza, mostrou que é possível — e necessário — manter a tecnologia como aliada, sem deixar que ela substitua o que há de mais valioso: a intuição, a sensibilidade e a originalidade humanas.
A fala ressoou como um chamado para a indústria repensar o papel das máquinas na comunicação, e lembrar que, por trás de todo grande insight, ainda existe um olhar humano que enxerga além do dado.
Mais do que uma participação institucional, a presença da Apple foi lida como um posicionamento ético sobre o futuro da criatividade. Em tempos em que tudo pode ser automatizado, a empresa relembra que a diferença está justamente no que não pode ser replicado: a emoção, o contexto e a alma criativa.